sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Enfim 30...

Mais um gole, mais um trago.
Tudo planejado.
Imprevistos não calculados.
Riscos não mitigados.
Emocionalmente sequelado.

Carne de pescoço, corpo fechado.
Só quem sabe, só quem tem
Entende bem.

Amigos amados antes procurados,
Agora distanciados.
Na dificuldade, poucos ficam lado a lado.

Vivendo a loucura da "realidade".
A insanidade da sociedade "sã".
Transitando na linha tênue
Da anormal "normalidade".
Do desejado equilíbrio distante.

Assistindo a passividade
Daqueles que fazem sempre
As mesmas coisas, do mesmo jeito.
Comida sem tempero,
Personalidade robotizada
Sem questionamento! Desespero.

Correndo nas veias a inquietude
Da essência velada,
Que se enoja do cinismo
Dos "atores" e "agentes" do teatro social,
Da sociedade do consumo,
Da sociedade da ostentação,
Da obsolescência programada,
Da "felicidade" fabricada.

Erros, erros e mais erros.
Tentativas, tentativas e mais tentativas.
Determinação, persistência, obstinação
Até avistar, nem que seja
Ao menos um, acerto.

Crítico, polêmico,
Anárquico, chato.
Na falta de espaço, criar
Não ficar calado.

Ignorância política,
Que reclama, se indigna
E vomita contrainformação
Por todos os lados,
Sem conhecer, exigir, nem cumprir
Seus deveres e direitos
De fato.

Contemplando a falência
De um sistema em crise.
Que precifica sentimentos,
Coisifica pessoas,
Promove a liquidez das relações humanas,
Fomenta desejos
E alimenta a ilusão
Das necessidades desnecessárias.

Um sistema em transformação,
Que exige ação,
Mudança de comportamento,
Movimento, revolução.
Para que se faça
A tão necessária transição.

Enfim 30, enfim...
Cumprimento do papel social
Até o fim.

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