quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O exercício do pensar

Por tudo que posso ver e perceber ao meu redor, e até mesmo em meu interior (depois de descobrir o quão tolo, preconceituoso e manipulado pude ser). Chego a questionar a real utilização do exercício do pensar, e até mesmo se o cérebro tem a função de pensar. Infelizmente nunca vi uma academia para ele. Brinca-se de política, a miséria impera na Terra, a natureza está em colapso, enquanto os estudiosos do Vale do Silício utilizam drogas sintéticas a fim de aumentar a criatividade.

O milagre do consumo de drogas ilícitas

Não se pode produzir. Não se pode vender. Pode-se consumir. Temos um milagre?

Promessas

Prometo não fazer mais promessas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Colonização Latina

A Colonização Latina persiste, desta vez disfarçada de democracia.

sábado, 3 de outubro de 2015

Fraqueza

A coragem é para os fracos.
Os que se julgam fortes são frágeis.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Enfim 30...

Mais um gole, mais um trago.
Tudo planejado.
Imprevistos não calculados.
Riscos não mitigados.
Emocionalmente sequelado.

Carne de pescoço, corpo fechado.
Só quem sabe, só quem tem
Entende bem.

Amigos amados antes procurados,
Agora distanciados.
Na dificuldade, poucos ficam lado a lado.

Vivendo a loucura da "realidade".
A insanidade da sociedade "sã".
Transitando na linha tênue
Da anormal "normalidade".
Do desejado equilíbrio distante.

Assistindo a passividade
Daqueles que fazem sempre
As mesmas coisas, do mesmo jeito.
Comida sem tempero,
Personalidade robotizada
Sem questionamento! Desespero.

Correndo nas veias a inquietude
Da essência velada,
Que se enoja do cinismo
Dos "atores" e "agentes" do teatro social,
Da sociedade do consumo,
Da sociedade da ostentação,
Da obsolescência programada,
Da "felicidade" fabricada.

Erros, erros e mais erros.
Tentativas, tentativas e mais tentativas.
Determinação, persistência, obstinação
Até avistar, nem que seja
Ao menos um, acerto.

Crítico, polêmico,
Anárquico, chato.
Na falta de espaço, criar
Não ficar calado.

Ignorância política,
Que reclama, se indigna
E vomita contrainformação
Por todos os lados,
Sem conhecer, exigir, nem cumprir
Seus deveres e direitos
De fato.

Contemplando a falência
De um sistema em crise.
Que precifica sentimentos,
Coisifica pessoas,
Promove a liquidez das relações humanas,
Fomenta desejos
E alimenta a ilusão
Das necessidades desnecessárias.

Um sistema em transformação,
Que exige ação,
Mudança de comportamento,
Movimento, revolução.
Para que se faça
A tão necessária transição.

Enfim 30, enfim...
Cumprimento do papel social
Até o fim.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

E assim é a hipocrisia...

Poucos se importam em saber quem você é, a maioria só quer enxergar o que você "mostra ser".
Quanto mais dissimulado, mais bem quisto.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A busca pela amada

O coração machucado
E amargurado,
Olha e procura por todos
Os lados
E sem direção.
Aquela a quem pudesse
Amar e ser amado.
Cansado de usufruir
Do prazer comprado
Ou das paixões que
Dilaceram os corações.
Ora perambula pelo passado
Buscando resgatar amores
Pelos erros condenados.
Ora se silencia e desacredita,
Desse sonho tão desejado.
Essa busca não é
Por pessoa perfeita,
Mas também não aceita
Alguém que esteja ao seu lado
Somente para cumprir
Convenções sociais obsoletas.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Se me restasse só um dia

Se me restasse só um ano de vida
Largaria meu emprego
Gastaria minhas economias
Brincaria mais com as minhas sobrinhas
Me aproximaria mais dos meus sobrinhos
E viveria intensamente com meus pais e irmãos.

Se me restasse só um mês
Daria um jeito de ver
E conversar com todos os meus amigos.

Se me restasse só uma semana
Pediria e buscaria o perdão
De todos aqueles a que magoei,
Trai ou ofendi de alguma forma.

Se me restasse só um dia
Não me preocuparia com nada,
Faria somente uma poesia.

E foi assim que aprendi
A viver dia-a-dia.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Setênios

Até os 7 anos,
Saúde frágil, perfeccionismo
Inconformação com
Os cenários desiguais,
Desejo de prosperidade
Felicidade e igualdade
Aos demais.
Sensibilizado com
A fragilidade dos grupos
E organizações sociais
Preocupação com a saúde
E doenças que se ouvia falar.
Mas, com o tempo
Viera a muitos dizimar.
Inconformação com o
Sistemas de educação,
Da decoreba e da punição.

Até os 14,
Feito criança,
Brincar, aprontar.
Um mundo novo
A descobrir, explorar.
Jogar taco, bola
Esconde-esconde,
Pega-pega,
Andar de patins,
Empinar pipa,
Andar de bicicleta
Não havia celular.
Bebia água da torneira.
Saia pela manhã e
Voltava no final da tarde,
Sem o perigo encontrar
Nem a preocupação despertar.
A vida era tranquila.
Amava vídeo-games.
Seguia os estudos à risca.
Rodeado de amigos, era
Um ritual, quase natural
Encontrar-se nas primeiras
Horas do dia
Montando mais um roteiro
De folia

Até os 21,
Decisões importantes,
Escolher uma profissão.
Ir adiante, servi de exemplo.
Mudança de hábitos e
Comportamentos.
Admiravam-me pela coragem
Pela vontade, perseverança
E movimento.
Mas, mal sabiam o que se
Passava aqui dentro.
Tristeza, sofrimento,
Dificuldade de desprendimento.
Ultrapassados esses sentimentos.
Cai na gandaia,
Namorei, bebi
Dancei, festejei
Flertei, me perdi
Esse tempo foi
Tão intenso e rápido
Que quase não vi passar.

Até os 28
Faculdade, folia
Exercício da profissão,
Dedicação ao trabalho
E preocupação com carreira,
Mais do que devia.
Paguei um preço caro,
Com a doença que me
Visitava e a saúde
Que se esvaia.
Diversas namoradas
Todas intensamente amadas.
Porém, bruscamente abandonadas,
Por meu medo de assumir
Maior proximidade
Ou de pai vir a ser.
Em tudo que era curso
Alia estava
A antiga e intensa vida
Social dizimada
Um desejo profundo de
Mudar o mundo
Numa busca incansável
Junto aos que pensavam
Chegar no mesmo intuito
O sofrimento, aprendizado
Me ensinara.
A dor que parecia infindável,
Sufocante e perversa,
Se amenizara.
Outras crises vieram
E escolhera um cargo público,
Onde as leis são respeitadas.

Hoje, quase 30.
Aprendi que o externo
Não posso controlar,
E ser atingido é decisão minha,
Que não me cabe aceitar.
Percebi que para mudar o mundo,
É preciso mudar internamente.
E não troco por nada uma
Viagem ao meu interior
Sou novo pensador e escritor.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Quando mergulhei no meu Eu

Ontem fiz uma viagem arriscada, inesquecível
Não havia passagens de ida, nem de volta
Não sabia exatamente o quanto iria durar
Não havia equipamentos de segurança
Não havia garantias, nem direção
Quando mergulhei no meu Eu
Sem saber exatamente onde estava
Pude contemplar numa paisagem turva
Todos aqueles que me alegraram, acompanharam
Magoaram, traíram, decepcionaram; profundamente.
Diferente do que fizera outrora, pude amá-los
Infinitamente, e ofereci um abraço
E meus melhores sentimentos, sem hesitar.
Até mesmo àqueles que se esquivavam ou davam-me
As costas procurando distância.
Pude olhar para mim mesmo, limpar-me
E aprender a admirar cada uma de minhas cicatrizes
Pude olhar ao meu redor e remover todo o entulho
Que minha invigilância deixou acumular.
Podei as árvores, cuidei das plantas,
Retirando toda a tristeza daquele lugar.
Hoje acordei feito menino, alegre, livre
E percebi que essa viagem nunca deve terminar.

domingo, 24 de maio de 2015

domingo, 10 de maio de 2015

O tempo...

O tempo e a saudade
De quando as pessoas envelheciam
Sem querer ser jovem

O tempo e a sabedoria
Daqueles que realmente vivem
Cultivando alegria, sem se preocupar

O tempo e a calmaria
Do vento, das árvores
Das plantas, dos pássaros, dos dias

O tempo e a cura
Dessa vida dura, sem cultura
De tamanha paura

O tempo e o erro
Destempero, perfeccionismo
Aprendizado, desespero

O tempo e a doença
Que se quiser, que vença
Entendimento, recompensa

O tempo e a morte
Ilusão, saúde
Corte, sorte.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Eu vira-lata

É comum encontrarmos cachorros
                                  [ abandonados
Ou deixados por seus donos
Ou deixando-se abandonar a própria
                                   [ sorte
De um modo ou de outro o ciclo se
                                   [ repete
E não raro é acharmo-lhes dignos
De admiração e acolhimento
Mas não por muito tempo
Desta forma prosseguimos perdendo-nos
E encontrando-nos uns aos outros
Somos todos humanos vira-latas.

Relações Humanas

O humano é imprevisível, complexo
                                      [ e visceral
Diz sim quando quer dizer não
Mente falando a verdade
Peca pregando a santidade
Assume seu oblíquo e parcial
                              [ ponto de vista
Como sentença a ser julgada
Esquecendo-se que não há verdade
                                [ universal
Somente pontos de vista distintos
Neste mundo desigual.

domingo, 5 de abril de 2015

Prefácio

Como seria fácil
Se o destino nos presenteasse
Com uma introdução ou explicação
Em cada nova fase.

Se não precisássemos
Da reflexão e da reinvenção
Baseadas na experiência
Para seguir caminhando

Se não precisássemos
De um ouvido atento
Para não recorrer nos mesmos erros
                                             [ e armadilhas

Mas como seria óbvio
Se já soubéssemos de antemão
                                    [ o enredo

Se não houvesse frustração
                                   [ e medo
Se tivéssemos realizados todos os
                                   [ nossos desejos.
Monotonia...

O tempo passa...

O passar do tempo
É feito terreno árido
Castigado pelo sol e o vento
Vem devastando nossa vasta floresta
De ilusões, de hipocrisia e pensamentos
Traz consigo a seca
Longe das miragens dos contos
                                  [ e histórias românticas
Restando somente a esperança
De um gole de água fresca
Um acalanto em meio a rotina
Cheia de incertezas, injustiça,
                                [ religião, desigualdade e pranto.
Perda dos sentidos, desencanto.